sábado, 31 de julho de 2010

Etapa 6 – Astorga - Trabadelo

Iniciámos esta etapa só com 3 elementos, o PGuedes por questões profissionais, teve que ficar em Astorga.

O grupo ficou constituído por 3 elementos, o Didier (Did) o Bruno Malheiro (BMalheiro) e eu..

Depois de sair de Astorga iniciámos a subida aos Montes de León, numa subida suave, mas constante. Nesta terra de antigos transportadores, as populações, têm nomes bizarros, pequenos e meios abandonados, passámos por Castrillo Polvazares, Murias de Rechivaldo, Santa Catalina de Somoza, em El Ganso, com um bar muito conhecido a que tirei uma foto, Rabanal del Camino (povos com menos de 50 pessoas) e Foncebadon (aldeia abandonada há alguns anos atrás). Foncebadon, situada a meia encosta, surgiu-nos quando o suor já nos escorria pelo rosto… em que nos indica que estamos perante o primeiro teste a seguir aos Pirinéus.

O Did ia à frente pelo trilho dos pedestrianistas, o Bruno Malheiro, farto destes trilhos muito técnicos, e com muitos peregrinos, (estávamos no fim de semana), decidiu fazer por estrada, eu mantive o espírito inicial, ou seja, segui o Did. O primeiro a chegar a Focebadon foi o Did, esperava-nos num albergue espectacular… as bebidas era à nossa conta, a comida, fruta, bolachas e doces de barrar, com vários sabores era por conta da casa, só nos era exigido no fim, uma contribuição. Escusado será dizer que só saímos dali, após repostas as calorias perdidas neste trajecto inicial. Em pouco mais de 15 minutos chegámos à Cruz de Ferro, como um marco simbólico e localizado mais de 1.500 metros. Após as fotos da praxe…. iniciámos a descida, após atravessarmos um pequeno trajecto plano, cheios de adrenalina, pelas constantes inclinações, pedras soltas e singles-tracks de cortar a respiração. Chegámos até Manjarín, localizada na encosta, junto a uma estrada, em que tirei uma foto ao Bruno Malheiro.

A descida tornou-se longa e difícil, até Ponferrada (até aos 550 metros de altitude), capital da região do Bierzo. Esta região tem a forma de uma grande caldeira rodeada por montanhas, e é justamente esse isolamento físico que moldou uma paisagem claramente diferenciada, mas espectacular, do resto da província de Léon. Por outro lado, é uma das regiões mais ricas de toda a região autónoma, dada a sua indústria de minérios, a produção de vinho e de potencial turístico. Durante a descida até Ponferrada, com declives acentuados em alguns trilhos, passamos por El Acebo, uma aldeia muito bonita, Riego de Ambrose, e pela bela cidade turística de Molinaseca, onde parámos para repor os líquidos e comer um gelado, junto à sua Ponte Medieval.

Dirigimo-nos para Ponferrada cruzando o rio Sil pelo mesmo lugar onde antigamente existia a ponte de ferro que dá o nome à cidade (Pons Ferrata). Depois, após passarmos por largas avenidas, chegamos a Compostilla, onde ainda existe uma enorme de uma central térmica (em ruínas). Seguimos o caminho em asfalto, cruzando ao princípio várias urbanizações e, mais à frente, vinhas.

Passámos pelas povoações de Columbrianos, onde almoçámos num café muito simpático, Fuentes Nuevas, Camponaraya e Cacabelos. Cacabelos, situa-se no vale do rio Cúa, apresenta uma disposição urbana alargada seguindo a direcção do camiño, sendo o seu eixo principal a actual via dos Peregrinos.

Saímos de Cacabelos seguindo a nacional e continuamos mais à frente por largas pistas de terra, nessa tarde estava muito calor e vento, onde o pó era uma constante, rodeadas de vinhas até a Villafranca del Bierzo, capital cultural do Bierzo.

Villafranca del Bierzo está situada na confluência dos rios Burbía e Valcarce, e apresenta um conjunto urbano com um grande património histórico e cultural. Saímos de Villafranca del Bierzo, seguindo o vale do rio Valcarce (o caminho histórico) por um caminho horrível asfaltado ao lado da nacional, estrada esta quase sem tráfego, desde a abertura da auto-estrada (dito pela Esperanza). Pelo vale de Valcarce, estreito em algumas zonas, bem “juntos” à nacional passamos por Pereje, e chegamos a Trabadelo, local que escolhemos para passar a noite, para no dia seguinte, enfrentar a subida a O Cebreiro pela manhã.

Ficámos no albergue municipal, onde a funcionária Esperanza, nos recebeu lindamente, muito simpática, prestável e muito atenciosa. Este albergue tem instalações modernas e agradáveis, tem todos os serviços, nomeadamente, bar, restaurante, esplanada, sala de televisão, net, lavandaria, e muita simpatia… Fizemos questão na manhã seguinte, antes de nos fazermos ao camiño, tirar uma foto em conjunto, os 3 com a Esperanza.

Para ver as fotos aqui >>

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