sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ainda sobre o camiño... a opinião do Did.

“Desde miúdo que a bicicleta sempre teve para mim um misto de brincadeira/ aventura/ liberdade o que nunca imaginara era que ela me pudesse levar um dia tão longe...”

A minha vida profissional afastou-me de Alcains e consequentemente a hipótese de pedalar, pois Lisboa não é muito convidativa (aparentemente). Até que no ano 2000 por influência do amigo Paulo Fernandes re-descubro o BTT e a magnífica Serra de Sintra.

Apesar de estar habituado ao futebol e corrida, os 20/25km dos primeiros passeios significavam sempre um empeno terrível, felizmente com o treino os km aumentaram e os empenos diminuiram.

Mas o bichinho foi aumentando e cada vez que lia reportagens sobre evasões e grandes travessias, deliciava-me com aquelas aventuras que considerava inatingíveis, mas que no fundo adoraria poder um dia realizar.

O 1º grande teste foi a Travessia Cabo da Roca – Alcains (Maio 2008) realizado em autonomia total, juntamente com mais 6 amigos, com a duração de 3 dias.

O conviver com amigos que já haviam realizado o Caminho Francês e a partilha dessas experiências/aventuras levou-me a pensar que talvez não fosse de todo impossível partir numa aventura além fronteiras daquelas que eu só costumava ver nas revistas de BTT.

Após tentativa gorada duns amigos em realizar o Caminho Francês em 2009, resolvi agendar com tempo o desafio/ aventura para o ano seguinte.

Assim que falei com o pessoal do costume houveram logo muitos interessados
A preparação mental durou mais de 1 ano, assim como o planeamento da viagem, a escolha do equipamento, com grandes discussões sobre a melhor forma de levar o material, se Mochila, Alforges ou Extra Whell.

Felizmente nunca descurei a parte do treino, e apesar das limitações, consegui treinar sempre pelo menos 1 vez por semana, mesmo no inverno rigoroso com 4ºC e com chuva em Dezembro, deu bastante jeito para ultrapassar o que parecia por vezes inultrapassável.

Quando iniciei o tópico no ProjectoBTT.com os amigos começaram a manifestar interesse em participar, parecia que íamos fazer uma romaria tal era o nº de interessados, lembro-me de sermos pelo menos 14
No entanto, por motivos pessoais, profissionais, etc...
Apenas 4 puderam alinhar nesta aventura além de mim o Raptor, presente desde o início, o Malheiro confirmado duas semanas antes e o PGuedes limitado pelo calendário, tinha de trabalhar domingo 6 de Junho. Após conferenciar com os restantes aventureiros conseguimos antecipar a ida 3 dias, de forma a que o PGuedes pudesse aproveitar o máximo do Caminho.
Assim sendo, saímos a 30 de Junho e não a 2 de Julho como inicialmente previsto.
A grande baixa de última hora foi o Bête des Vosges
Mas ainda assim não nos quis deixar partir sem se ir despedir de nós, deixando-nos à entrada do mítico Sud-Express.

Após mais de um ano de planeamento, pesquisa, reuniões virtuais, treinos... de repente vemo-nos a caminho de França no mítico sud-express.
Mas a verdadeira sensação de estar no Caminho só aconteceu após ter o 1º carimbo na Credencial, na Citadela de St Jean Pied de Port!

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